Quando penso no ano novo, gosto de refletir e planear. Por isso em 2020 não seria diferente.
No que toca a reflexões do ano que passou e do ano novo, já o tinha feito sobre os anos de 2018, 2017 e até 2016. 2019 está mesmo a acabar e por isso não deixo de pensar em 2020.
Não vou pensar em desejos ou resoluções para o ano novo. Mas não deixo de planear.
A principal diferença de 2016 para 2020 é que passaram 4 anos e com o passar do tempo ganhamos maturidade. A maturidade faz-nos olhar para as coisas de maneira diferente.
2020 pode trazer uma pressão maior, porque é aquele ano mítico que durante imenso tempo ouvimos falar e agora esta apenas a umas semanas de distância.
Mas para mim não é um ano místico ou especial ou diferente. Não vai haver um grande salto. É apenas um momento para planear objetivos e concretizá-los.
Se em 2020 vou ter objetivos? Sim, vou ter.
E são objetivos mais concretos do que aqueles que já escrevi anteriormente. São objetivos pensados financeiramente, estratégicos, baseados no desejo e na possibilidade. Enquadrados em 12 meses e no estado atual da vida pessoal e profissional. Objetivos que se regem por prioridades, pois não é possível fazer tudo ao mesmo tempo.
Além disso, são objetivos que vão mais longe do que o “comer melhor”, “ler 1 livro por mês”. Essa ânsia de fazer coisas que todos achamos que devemos começar a fazer em Janeiro não funciona para mim. Eu tenho de me focar em estabelecer prioridades e viver de acordo com elas.
Fazer planos para o ano novo de 2020 é saber dizer “Não” a muitas coisas.
Muitas vezes caímos no erro de pedir aquelas coisas básicas: melhores relações pessoais, uma promoção na carreira, maiores rendimentos, ler mais, correr mais, viajar mais. Queremos trabalhar a mente, o corpo e o espírito sempre para nos sentirmos cheios. Mas será que conseguimos realmente fazer isso tudo de forma profunda e com propósito?
Por exemplo, no exercício para o ano seguinte, tive de pensar se investir na minha formação profissional era prioridade. Para poder fazer uma pós-graduação ou cursos online, tenho de dedicar tempo. E se estou a dedicar esse tempo, não posso me dedicar a aulas de uma modalidade desportiva ou a ler muitos livros. Por isso tenho de decidir: pós graduação ou formação modular e umas idas ao ginásio?
Para fazer os objetivos do próximo ano, há que assumir que vamos dizer que não.
“Dizer que não” é deixar de fazer ou fazer sem ser com um objetivo. Adoro ler e nunca vou deixar muito tempo passar sem ler um livro. No entanto, vou ler com calma, sem pressas ou objetivos. Se demorar 30 dias ou 3 meses, não tem mal. Se quiser deixar de ler, não tem mal.
Os meus objetivos para 2020 vão ser analisados, discutidos e definidos. Não numa ótica de mudança, mas sim de progressão.
Uma das coisas que aprendi em 2019 é este binómio entre continuidade e mudança. Por vezes a mudança é radical, mas muitas vezes há mudança na continuidade – e talvez consigamos chamar de “progressão”.
Não estamos a mudar de vida, de ser, de prioridades, de valores. Apenas estás a fazer um upgrade ao teu sistema atual. Queres fazer um restart para te focares no essencial e não cair no aborrecimento, no supérfluo.
Assim em 2020, o ano novo, vou otimizar, recarregar sistemas, canalisar no que interessa, aprofundar, ter mais envolvimento. Não interessa em que áreas, mas sim de que forma irá ser.