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Transformação digital nas empresas: 4 dicas para dar o salto

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A transformação digital nas empresas está a ser acelerada devido às tendências do trabalho remoto. Neste artigo, sabe como incentivá-la na tua empresa.

A pandemia da Covid-19 alterou rapidamente muitos pressupostos que se tinha. Se se achava que o trabalho remoto ainda iria demorar a ser implementado nas empresas e que o mundo ainda tardaria a recrutar de uma forma global, tudo mudou num par de semanas.

Para além da pandemia, a transformação digital nas empresas passou a ser um tema a ser debatido.

Com as pessoas a trabalhar a partir de casa, foi necessário entender que procedimentos devem ser implementados, qual a capacidade de resposta dos intervenientes, de que forma são medidos os resultados e como os investimentos e custos podem ser optimizados para obter mais produtividade e receita do trabalho remoto das pessoas.

O que é a transformação digital nas empresas?

A transformação digital diz respeito às mudanças de procedimentos com recursos a tecnologia de computador. Essas mudanças permitem as empresas a abordar os problemas mais modernos e de que forma as relações humanas profissionais são influenciadas pela tecnologia e uma economia global.

No fundo a tecnologia pode ser usada ao serviço da espécie humana, do ambiente e do ecossistema em que vivemos. O grande desafio das empresas é perceber de que forma o digital influencia os seus negócios, o seu futuro e como se podem adaptar às constantes mudanças do mercado.

O que torna uma empresa digital?

A consultora Impacting Digital fala sobre a transformação digital nas empresas e explica o que torna uma empresa digital. Assim, são definidos 3 pilares essenciais durante este processo de mudança:

Estes três pontos são patentes na forma como as pessoas consomem. Há cada vez mais lojas online, as pessoas procuram plataformas com queixas e opiniões antes de comprar um produto, estas são impactadas por publicidade digital mais do que um mopi. Tal pode ser visto em imensos sectores económicos, como a Banca (os bancos online como o Revolut), as compras online (Zara Online ou o sistema de entregas ao domicílio do IKEA), a reserva de hotéis através da Booking, o serviço de entregas de refeições pela EatTasty ou a Glovo. O consumidor mudou de hábitos e as empresas devem acompanhar esses novos hábitos.

Como realmente fazer uma transformação digital nas empresas portuguesas?

Quando se fala na transformação digital nas empresas portuguesas, os resultados mostram que ainda estamos um pouco atrasados. Segundo dados da IDC, apenas 37% das organizações nacionais têm uma estratégia de transformação digital.

Existem várias ideias de como fazer a transformação digital nas empresas. Uma das abordagens será ver os vários pontos importantes do negócio, como a Experiência do Cliente, as Pessoas e a Organização, ou até a Estratégia e Liderança.

Existem também algumas dicas práticas que os negócios podem seguir. Estes são 5 pontos pontos que deves considerar quando se fala na transformação digital nas empresas portuguesas:

1 – Todas as empresas são empresas tecnológicas

Este é o primeiro ponto: por mais tradicional e mundano que possa ser o negócio, é possível utilizar tecnologia e processos para obter benefícios e ganhos.

É por isso relevante os líderes pensarem o que é ser digital hoje e como querem ser no futuro. É ao olhar par ao que consumidor faz agora e como o seu comportamento no futuro pode influenciar o crescimento de uma empresa. Olhar para o sector onde se insere e que tecnologias outros players estão a usar pode também ser uma boa pista para indicar o caminho.

2 – Criar uma equipa de profissionais

Esta é uma das dicas que a consultora McKinsey incentiva aos directores e CEO. É preciso reunir uma equipa de profissionais que pensam digital e que podem até dar recomendações que talentos devem integrar a empresa para um futuro em que é preciso pessoas ligadas à tecnologia.

Tenho visto alguns episódios do Shark Tank Australia e um dos jurados faz sempre a mesma recomendação quando encontra negócios tecnológico-digitais: se não têm um CTO, arranjem um para vos guiar no negócio. Primeiro o CTO, e depois é que falamos em investimentos.

Mas atenção, o equilíbrio deve também ser procurado. Para a CDO (Chief Digital Officer) da Universidade de Harvard, Perry Hewitt, o melhor é “contratar omnívoros para criar uma equipa com várias perspectivas, já que um background variado permite as pessoas navegar no mundo digital.” Em resumo, é preciso procurar profissionais que tenham as competências digitais necessárias e também uma equipa multidisciplinar para que os desafios sejam abordados de forma criativa.

As tácticas digital podem ser ensinadas, mas é importante manter uma abordagem de aprender com a experiência. Este ambiente, bem como os objectivos e as metas do negócio, vão mudar, por isso é relevante encontrar pessoas que estão confortáveis com a incerteza – Perry Hewitt, CDO da Universidade de Harvard

3 – Construir uma visão e um plano

Se muitas vezes a transformação digital nas empresas passa por mudar procedimentos e investir em tecnologia, é preciso primeiro ter uma visão geral do presente para o futuro.

Esta visão requer muita pesquisa interna do estado da empresa. É preciso avaliar o mercado, a marca, a projeção das receitas, o possível ROI dos investimentos tecnológicos que vão ser feitos, os cursos operacionais, se vai ser preciso recrutar alguém e quais os impactos na organização.

No fundo, é perceber o estado atual da empresa, quais os assets que a empresa tem neste momento e quais são os seus objetivos. Depois, basta casar a visão do futuro que se gostaria e mapear os passos necessários para se poder lá chegar.

Antes de realizar um plano de execução, é também importante perceber quais as opções existentes no mercado e perceber aquelas que melhor se adequam aos objetivos da empresa. Um plano de execução bem detalhado, com prazos, custos e responsáveis de implementação permite que as mudanças sejam feitas de forma pensada.

4 – Investir na literacia digital dos colaboradores

Se toda a empresa é uma empresa tecnológica, então todo e qualquer colaborador deve ter literacia digital. Este nível de conhecimentos não tem a ver com saber fazer um post no Instagram ou instalar a caixa de e-mail num computador.

Falamos de competências utilizadas no dia-a-dia pessoal e profissional para localizar, criar, avaliar, transaccionar e partilhar conteúdo de forma digital, quer seja um e-mail, um relatório, um PDF, uma imagem. Para se manterem relevantes no mercado de trabalho, os colaboradores têm de perceber a tecnologia, quais os princípios de navegação na Internet, como é que o consumidor se comporta e de que forma a tecnologia pode beneficiar o negócio.

Kris Pawluk (do programa Google’s European Growth Engine) explica: “Tomamos como garantido que as pessoas sabem como usar as usas competências em TI, para pesquisar algo online ou escrever um e-mail, mas muitas não o sabem fazer. Todos vão precisar destas competências para seguir em frente”. Daí ser muito importante não esquecer as pessoas na transformação digital nas empresas, pois são as pessoas que fazem a empresa hoje e no futuro digital que se está a construir.

Estas são alguns aspectos a ter em conta quando se fala da transformação digital nas empresas.

Este é um tema popular e actual e que cada uma das organizações, por mais pequena que seja, deve pensar no seu exemplo e perceber como a digitalização lhe pode oferecer benefícios e ferramentas para vingar no mercado global cada vez mais competitivo.

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