Todos podem, nem todos fazem.
A frase introdutória diz muito daquilo que descobri este fim-de-semana.
Este fim-de-semana, decidi terminar o curso que já estava a fazer há algum tempo: o curso de Atelier Digital de Online Marketing, da Google. É um curso 100% gratuito criado pela Google para sabermos como fazer Marketing Online, desde o bê-á-bá de “o que é um motor de busca?” até o “como internacionalizar o meu negócio?”.
É um curso que deve demorar entre 8h-10h logo pensei: se fizer 1h por dia, demoro 10 dias a fazer isto, vai ser muito fácil! O fácil realmente tornou-se difícil. Não fazia uma hora por dia, mas sim 1h-2h por fim-de-semana. E depois as mudanças tiram-nos o tempo precioso que gostávamos de ter para levar as coisas mais a sério.
No entanto, nos últimos dias, disse a mim mesma que ia acabar. Ia tirar a tarde de sábado para fazer tudo, mas fiz metade sexta à noite e a outra metade sábado de manhã. Às 11h da manhã, tinha o certificado de conclusão do curso e partilhei-o nas redes sociais. E recebi comentários e likes de diferentes pessoas a dar-me os parabéns por ter concretizado um curso. Um curso que é online, que pode ser feito quando quisermos, que é grátis, e que leva apenas algumas horas a fazer.
Recebi vários comentários e montes de likes mas não percebia porquê, porque qualquer pessoa poderia ter feito aquele curso e ter aquele certificado como eu.
Toda a gente poderia fazer mas nem toda a gente o fez.
Nem toda a gente começou e acabou. E nem toda a gente partilhou as notícias.
Isto fez-me ver que há uma linha muito ténue entre aqueles que tentam e aqueles que conseguem concretizar.
Uma diferença brutal entre aqueles que começam e não acabam e aqueles que começam e de facto vão até ao fim.
Neste caso do curso, eu sabia que haveria um início, um meio e um fim. Eu sabia quantos módulos faltavam-me estudar. Sabia quantas horas poderiam faltar para ter o meu certificado. Eu estava na linha de partida e eu sabia onde era a meta, só não conhecia totalmente o caminho.
Qualquer pessoa poderia fazer isto que eu fiz mas nem toda a gente fez.
Porque simplesmente dá trabalho. Porque nem toda a gente quer-se dedicar a fazer algo, mesmo sabendo qual é a meta. Porque nem toda a gente tem a resiliência para continuar a insistir quando tudo corre mal. Porque não temos a noção de sacrifício e a certeza absoluta de que tudo vai valer a pena.
Porque é fácil fazer mas também é fácil não fazer. E muitas vezes é isso que distingue o sucesso do fracasso – simplesmente começar e acabar algo.