negociar e uma arte
Negócios

Negociar É a Skill Mais Importante

O atual mercado de trabalho é altamente competitivo e todos querem um bocado de bom talento.

E do que se faz um talento? De skills/competências que mais ninguém tem.

 

Cada empresa deve gerar valor e lucros e são os recursos humanos com as suas ideias e processos que vão trazer longevidade a uma empresa.

 

Se uma empresa tiver talento com boas competências, poderá certamente ir longe e sobreviver durante várias décadas.

No panorama atual, discute-se muito as softs skills e outras competências transversais que tornam as pessoas talentosas mais apetecíveis num mercado moderno em constante mudança.

Ouvimos muito falar da gestão de pessoas, da inteligência emocional, do pensamento lateral. Mas penso que ainda se fala pouco de uma arte que qualquer profissional de qualquer área deveria ter – a arte de negociar.

 

Negociar é uma skill mas também é uma arte – porque as pessoas têm medo de negociar.

 

Quando se fala em negociar, lembramo-nos de pedir favores, de pedir um desconto, de sair da zona de comforto e tentar pedir algo.

Nos negócios, a negociação serve para alcançar um determinado resultado. Quando temos duas partes e uma delas não está satisfeita com o acordo, esta quer negociar. Esta está interessada noutra solução e procura-la no outro.

Contudo, muitas pessoas não gostam de negociar. Ficam irritadas quando se negoceia porque acham que o outro está a insultá-las, como se a primeira solução não fosse a melhor. Ficam nervosos com a hipótese de ter de conversar mais um bocado. Ficam com medo de perder o negócio.

 

Mas se pensarmos bem, negociar é essencial à vida humana.

 

Melhor ainda, negociar sempre fez parte de nós.

Como crianças, somos negociadores natos. Qualquer criança não aceita um «não» como resposta e vai insistindo até conseguir o que quer.
Em adolescentes, já conhecemos as pessoas e começamos a fazer trocas como no mercado. Se alguém nos pede um favor respondemos «se eu fizer o que me pedes, posso ter isto? Ou posso fazer isso? E se poder ir áquele sítio?».
Como seres humanos temos os nossos desejos e mesmo quando nos dizem não, vamos atrás porque realmente queremos aquela coisa.

Mas quando chegamos ao mercado de trabalho o cenário altera-se.

 

Muitos profissionais não se sentem à vontade de negociar ou melhor de fechar um bom negócio.
Têm medo de voltar ao cliente e falar outra solução. Têm receio de dizerem o que pensam ou de oferecer uma alternativa que não era a primeira escolha.

O medo está de receber um não. De pedir o que se quer e não receber. Mas isso não é negociar.

Negociar não é ter o resultado que se pretende mas sim chegar a um resultado que se pretende e que também resulte para o outro.

Li num livro uma frase que me ficou para sempre na cabeça – negociar e arranjar um bom negócio para ambas as partes. Negociar não é retirar o melhor do cliente mas sim arranjar uma solução em conjunto.

O melhor exemplo disso são as relações afectivas. Nestas relações fala-se muito do compromisso e de arranjar soluções que beneficiem os dois lados. Que nem sempre tem o que se quer mas que o resultado final é melhor, porque ambos ficam contentes.

 

No mundo profissional, quem aprender a negociar, aprende a chegar sempre a bons resultados.

 

Quem se senta à mesa pronto para discutir diferentes ideias sai sempre a ganhar. Quem entra em discussão mas tem a coragem de sair da conversa se algo não lhe for benéfico, irá sempre colher bons frutos de bons negócios.

Assim, como profissionais, como poderemos incorporar a arte de negociar da nossa vida?

Devemos estar abertos ao diálogo, estudar muito bem caso a caso, entender quais as nossas necessidades, identificar os interesses e necessidades do outro, e ter sempre presente que há vários caminhos para chegar a Roma.

Os negócios não se fazem à primeira, fazem-se através de um percurso caminhado em conjunto – com clientes, fornecedores, managers e colaboradores. E é a negociação que permite que todos funcionem em conjunto no curto, no médio e no longo prazo, com o melhor sucesso.